sexta-feira, 24 de julho de 2009

Férias Dia 2

Sábado, 11 de julho:

Acordamos com uma chuvinha chata e os mosquitos estavam por toda a parte. Decidimos empacotar tudo no carro e partir em direção a um mercado onde pudéssemos comprar pão e outras coisas para o café-de-manhã. Uma tarefa facílima no Brasil, onde as padarias abrem de madrugada e nos recebem com uma infinidade de pães e outras iguarias recém preparadas. Agora, na Noruega,a coisa não é nada fácil. Encontrar um mercado (padaria não existe em lugares pequenos) aberto logo cedo de sábado é uma utopia. Até que achamos um mercado depois de rodar muito. Ele havia acabado de abrir, e quando voamos em direção à seção de pães, decepção total. Tudo vazio! Ainda bem que pouco depois vimos os pães chegando. Fizemos café no nosso fogareiro e tomamos finalmente o nosso café-da-manhã.

Prosseguimos em direção à famosa "Atlanterhavsvegen" (estrada do Oceano Atlântico). Trata-se de uma estrada de apenas 8274 metros que liga os bairros de Vevang ao de Kårvåg, no município de Averøy. O fato especial desta estrada é que ela consiste de pontes que unem diversas ilhotas e o Oceano Atlântico cerca a estrada por quase todos os lados. Esta estrada é considerada a construção do século na Noruega. Bom, quando eu li estas informações, eu pensei que seria uma estrada de tirar o fôlego e que eu veria algo fenomenal, fantástico, fabuloso. Não vi. Não sei se era o tempo que estava ainda muito feio, ou as minhas expectativas que estavam altas demais, o fato é que eu achei a estrada muito simples.

Felizmente a chuva começou a parar e seguimos para um lugarejo muito charmoso chamado Bud. É uma vila de pescadores cercada de histórias da segunda guerra. Havia muitos turistas de toda a Europa, e foi lá que experimentamos um bacalhau delicioso, com um inusitado ingrediente: queijo. Eu fiquei positivamente surpresa com o resultado.

Armação para secagem de bacalhau

'Almojanta' em Bud

Meu marido quis tomar uma cervejinha durante o jantar, então eu assumi o volante quando partimos de Bud em direção a Molde. Lembrando, na Noruega a tolerância à combinação álcool + direção é zero. Depois de meia hora chegamos á 'cidade das rosas', como Molde (pronuncia-se Môlde) é conhecida. O tempo, finalmente estava melhorando. A cidade nos recebeu com um solzinho agradável, e uma competição de ciclismo.

Junto à escultura Rosepiken (menina das rosas)

A cidade estava lotada de ciclistas e seus torcedores.

Fizemos um bom passeio por Molde e de lá partimos em direção a um lugar para acampar. Estávamos temendo ter que passar tanto tempo procurando como na noite anterior, mas encontramos logo um lugar, numa floresta a poucos metros da estrada, onde víamos uma trilha mal-cuidada. Meu marido quis acampar no meio da trilha, mas algumas horas depois passaram 3 pessoas que faziam caminhada. Resolvemos então mudar a barraca para um cantinho ao lado da trilha, para evitar reclamações.

Mudando a barraca de lugar

O céu estava azulzinho, e pela primeira vez na viagem dormimos sem barulho de chuva caindo e sem ficarmos ensopados. No dia seguinte teríamos muitas coisas novas para ver.

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