terça-feira, 2 de junho de 2009

De volta à idade da pedra

Sexta-feira, eu e meu marido viemos para Frøya para mais uma etapa da reforma que estamos fazendo na casa antes de colocá-la à venda. Eu terminei de pintar os armários de cozinha e pintei a primeira demão no teto da sala. E foi assim, entre muita trabalheira que eu comemorei meus 33 anos de idade no sábado. Todos os meus vizinhos hastaream a bandeira da Noruega para me homenagear:

Estou brincando, claro, acho que era dia da confirmação (crisma) dos adolescentes que moram no bairro.

Para completar, descobrimos um problema no encanamento e ficamos sem água nas torneiras. Tivemos que ir buscar água no cano central e encher galões e baldes.

Ontem, segunda-feira foi feriado de 'segundo' dia de Pentecostes (?). É, para os 'religiosos fervorosos' noruegueses, não basta um só dia de Pentecostes – tem que ter dois. Havíamos planejado de voltar para Klæbu, mas eu resolvi ficar aqui para trabalhar mais na reforma da casa, já que meu marido volta dentro de 4 dias e eu não tinha nada para fazer em Klæbu, agora que estou de férias na faculdade.

Ontem também foi o dia do trágico desaparecimento do avião da Air France. Me deu um pouco de angústia por que há poucos meses eu, meu marido e meus sogros voamos do Brasil à Europa e eu preciso viajar ao Brasil de tempos em tempos para rever a família. Eu e meu marido pensamos em evitar viajar em aviões separados, como fizemos da última vez.

Hoje, terça-feira, eu já fui a pé ao centro comercial da ilha (50 minutos de caminhada) fazer compras e peguei um ônibus na volta. Agora vou buscar mais água lá fora e vou começar a pintar a segunda demão no teto da sala. Não está sendo muito agradável ficar aqui sozinha, sem água quentinha na torneira, sem banho de chuveiro, sem fogão, geladeira e outras frescuras, mas eu estou sobrevivendo. Incrível como a necessidade nos faz mais criativos e nos faz dar valor às coisas mais banais.

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