sábado, 11 de janeiro de 2014

Uma curta visita ao meu local de trabalho

Chegamos à Noruega à tempo de comemorar o Ano Novo com a família do meu marido e dia 2 de janeiro eu já estava de volta ao trabalho. Como aqui é inverno, não há uma longa pausa após as festas como no Brasil. São somente as duas semanas das festas e o batente começa novamente. Dia 2 caiu em uma quinta-feira e foi planejamento, ou seja, nada de alunos. Eles voltaram às aulas na sexta, dia 3 - isso mesmo, primeiro dia de aula em uma sexta. E estavam todos lá. Muitos alunos e colegas de trabalho me saudaram, dizendo como era bom eu estar de volta, distribuiram abraços, sorrisos, fizeram muitas perguntas sobre a viagem. Enfim, tive uma recepção muito calorosa.

Recebi também um novo gabinete de trabalho, em uma sala nova com móveis novos. Estou muito satisfeita. Não tenho uma sala só para mim, eu divido a sala com outros 7 professores. Tirei fotos quando não havia ninguém por perto:

Muitas caixas com a minha "mudança" ainda no chão
O que eu mais gostei nessa nova estação de trabalho foram as estantes corrediças com porta e chave:



Ainda não organizei tudo do jeito que eu quero, mas aos poucos vou deixando meu cantinho arrumado.

Na semana que passou, fiquei sabendo que eu e mais um funcionário éramos os responsáveis pela arrumação da cozinha dos funcionários. A secretária da escola faz uma lista com os nomes dos funcionários e ela fica afixada no mural da sala dos professores. Ninguém escapa da lista, nem o diretor nem os coordenadores pedagógicos (que ocupam cargos de liderança):


Existem duas funcionárias que limpam a escola, mas na sala dos professores elas só são responsáveis por passar pano no chão e levar o lixo para fora. Ah, e elas utilizam a sala dos professores para tomar café, almoçar, enfim, são tratadas como todos os outros funcionários.

Como uma das encarregadas da limpeza da sala dos professores da semana, tive que colocar a louça suja na lava-louças e guardar a louça limpa, limpar a pia, as mesas e bancadas, e passar vassoura (que aqui tem o cabo curto, não sei por que). Um foto da cozinha quando não havia ninguém por perto:

Lava-louças pra que te quero
A máquina de café foi trocada por outra bem melhor. Até agora só experimentei o café puro e o cappuccino, deliciosos:
Temos que pagar o equivalente a 33 reais por mês para tomar café à vontade
Uma visão geral da sala dos professores:


Há uma mini-biblioteca para os professores. Na prateleira de cima, livros de ficção trazidos pelos próprios professores, que emprestam os livros entre si e na prateleira de baixo, livros sobre pedagogia que o diretor comprou para nós:


Existe ainda a biblioteca principal, que é usada pelos alunos, vou colocar uma foto em breve.

14 comentários:

  1. Oi, Raquel!
    Gostei de conhecer tantos detalhes de sua escola. As estantes corrediças são interessantes, mas a cadeira... que beleza!
    Aqui, temos cinco faxineiras que limpam tudo, e as inspetoras olham recreio, tiram xerox, ligam prás mães quando necessário.
    Nossa sala de professoras é pequena, com uma mesona central, pia, geladeira e micro-ondas. O café é feito pelas merendeiras (vaquinha).
    Os sanitários são anexos à esta sala, porém eu uso outro nos fundos, perto da minha sala.
    Não frequento a sala dos professores, passo o recreio em minha própria sala, cuidando do material das crianças (lá se fofoca muito).
    Tenho meu armário, mesa e o lanche levo de casa (não tomo café). Ao meio dia volto prá casa e preparo as aulas daqui. Minha sala de aula é dividida com a colega da tarde, que mantém outro armário.
    Estudos e reuniões fazemos na sala pedagógica, onde há cinco mesas redondas de seis cadeiras cada. Geralmente nos sentamos reunidas por série/ano escolar.
    A Coordenadora nos comanda de sua escrivaninha dupla, todas segundas-feiras à noite.

    Um excelente retorno às aulas!

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    1. Queria mesmo receber comentários contando como é em outras escolas. Você adivinhou meus pensamentos, Cristina! Eu também evito comer meu lanche na sala dos professores, sinto que eu não consigo comer direito e fazer uma boa pausa, por que todo mundo só quer conversar. Costumo lanchar na minha mesa mesmo. Minha sora trabalha na mesma escola, então quando ela me vê, quer, claro, conversar e muito. Ela é muito fofa, mas eu não gosto de misturar trabalho com vida pessoal.

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    2. Ah, Raquel, eu sabia que sua sogra trabalha fora e sempre tive curiosidade em saber onde. Então ela também é professora!
      Se fosse no Brasil, ela já estaria aposentada, dependendo de quando iniciou. Eu não pude parar ainda, pois tive outros empregos. Quem começa cedo, com 25 anos se aposenta (e 50 na idade).
      Até mais trocas!

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    3. Olá.
      Sou brasileiro, 39 anos, divorciado, advogado.
      Estou pensando em ir praí; tenho uma vida relativamente estável aqui, mas dps de 18 anos advogando percebi que não gosto do que faço; aliás, detesto!
      Penso em ir trabalhar como taxista, manobrista ou algo do gênero.
      O que me dizem?
      Abraços daqui do Brasil,
      Hélio.

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    4. Olá!
      Sugiro a postagem chamada "Quer vir parar na Noruega?" aqui no blog, lá escrevi sobre as leis norueguesas para imigração.

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  2. oi Raquel, amei o lugar, lindinho e tudo arrumado, achei interessante vc falar do cabo da vassoura me deixou curiosa, não e ruim varrer assim? mas que bom que esta bem. bjsssssss linda e otimo trabalho pra vc.

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    1. A vassoura com cabo curto é usada somente para varrer pequenos espacos, eles preferem usar o aspirador de pó para cômodos maiores. Beijo!

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  3. Estou acompanhando seus posts desde dezembro passado, e gosto muito de apreciar a cultura de outro país, é muito interessante! Seus textos e observações também são muito bem redigidos. Good job! God Nyttår!

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  4. Parabens pelo espaco novo!
    Deve ser òtimo voltar de ferias e dar de cara com esse tipo de surpresa :))

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  5. De fato, parabéns por ter conseguido o seu lugar ao sol onde não tem sol e à custa do seu esforço. Engracado você ter comentado o cabo da vassoura. Aqui na Suécia tb é bem curto e me irrita tão profundamente (rs). Outra coisa: nunca achei um rodo decente aqui. Até que uma amiga minha, a Estela, me salvou trazendo um rodo bem bacana do Brasil mês passado. Felicidade pura! rsrsrs

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    1. Obrigada! Acho que a ausência do rodo deve-se ao fato de ninguém lavar o chão com muita água e sabão como no Brasil (como sinto falta de poder fazer isso!). As casas são de madeira e água em abundância apodrece o material. Aqueles 'mopper' não fazem uma limpeza legal na minha opinião. Obrigada por ler o blog!

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