segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Férias de verão 2011 - Trondheim

Quarta e última parte: Trondheim e redondezas - 31 de julho a 14 de agosto de 2011.

Chegamos da Espanha em um sábado à noite e tiramos o domingo para descansar em casa e desfazer malas. O dia, porém, estava tão ensolarado e quente que fomos dar uma pequena volta pela cidade. Fomos inclusive a um mercado medieval que estava sendo realizado ao lado da Catedral de Nidaros como parte da programação de um festival chamado Olavs Festdagene. Nos dias que se seguiram visitamos muitos lugares, principalmente relacionados à música, um grande interesse do meu pai. Vou escrever aqui um resumo:

Fomos a muitos brechós na região, pois meu pai coleciona discos de vinil, especialmente de jazz. Ele não achou muita coisa nos brechós, mas em compensação na biblioteca daqui... muitas coisas interessantes que ele emprestou para escutar aqui em casa.
Em uma tarde passamos por acaso em frente a um hotel aqui perto e um pequeno grupo fazia uma apresentação de jazz. Meu pai ficou emocionado com as músicas, o grupo era excelente e atraiu um público grande.
Visitamos Rockheim, um museu que conta a história do rock na Noruega dos últimos 60 anos. Muita tecnologia e muitas novidades.
Participamos de um grande evento do festival Olavs Festdagene. Assistimos ao Requiem de Verdi na catedral de Nidaros com coral e orquestra sinfônica. Não conseguimos os melhores lugares, mas foi uma noite memorável.
Fizemos um churrasco na casa dos meus sogros e convidamos a família do meu marido. Eu e ele nos encarregamos de toda a comida e organização. Muito trabalho, mas o resultado final valeu a pena.
Fomos ao museu do rádio que fica em um município vizinho chamado Selbu. Muita história e discos de vinil, para a alegria do meu pai.
Em uma manhã chuvosa, fizemos uma surpresa ao meu pai. Dissemos a ele que iríamos todos à padaria comprar pão para o café de manhã. A caminhada até a padaria parecia muito longa e passava pelo porto de Trondheim. Até que chegamos a um dos navios turísticos Hurtigruten, que navegam pela costa da Noruega. Embarcamos e tomamos café da manhã no restaurante deles.
Visitamos o Museu folclórico de Trøndelag, onde havia muitas casas e objetos que contavam a história de Trondheim e redondezas. O dia estava lindo e o museu tem uma vista maravilhosa da cidade.
Aproveimos um outro dia de sol e fomos à Munkholmen, uma ilha a poucos metros da costa de Trondheim, onde tomamos sol e fizemos um churrasquinho.
No penúltimo dia da estadia do meu pai, fizemos outra surpresa para ele. Fomos ao restaurante Egon, que fica no alto de uma torre chamada Tyholt. Lá nos encontramos com meus sogros, que queriam se despedir do meu pai. O que meu pai não sabia é que o restaurante tem paredes de vidro e o chão do restaurante dá uma volta completa a cada hora, proporcionando uma vista panorâmica de toda a cidade. Não demorou muito para ele perceber o movimento do chão. O dia estava lindo, jantamos enquanto contemplávamos o por do sol. Todos se divertiram muito.
O triste dia da partida chegou e eu fiquei preocupadíssima com o fato de o meu pai estar viajando sozinho de volta ao Brasil. Tive uma série de imprevistos na ida e temia que o mesmo aconteceria com ele. Acompanhei os horários dos voos pela internet e nenhum deles atrasou. Escrevi instruções sobre o procedimento nos aeroportos e uma carta em inglês para ele entregar a um funcionário da companhia aérea caso ele se perdesse. Para o meu alívio fiquei sabendo que tudo correu bem quando telefonei para ele no domingo. Ele não precisou perguntar nada a um funcionário e não se perdeu. Fiquei orgulhosa por ele ter conseguido se virar sozinho. Agora sei que ele pode eventualmente vir pra cá em uma próxima vez sem problemas.
Na parte gastronômica, meu pai experimentou muitas comidas típicas. Frutas silvestres colhidas no pé, carne de alce, bacalhau (claro), kjøttkaker i brun saus (almôndegas com molho norueguês), rømmegrøt (mingau de creme azedo - ele achou estranho comer isso no jantar), caviar de tubo, geléias variadas, vafler (waffles noruegueses) e salsichas grelhadas.
E esse foi o final de talvez as melhores férias que eu tive em muitos anos. Ainda hoje penso nos dias que passei no Brasil, na Espanha e aqui com meu pai e espero que em breve eu possa repetir a experiência. Agora tenho que trabalhar muito para poder tirar merecidas férias novamente.

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