quinta-feira, 12 de abril de 2007

Mais um dia de labuta

Na segunda parte desse post, vou falar do meu dia de trabalho ontem. Foi no museu que eu limpo todas as segundas-feiras. Aliás, nunca contei detalhadamente sobre este trabalho. Chego lá com minha chefe ou com minha colega por volta das 7 da manhã, limpamos os escritórios no andar de cima, os toaletes, a cozinha e as escadas. Depois, descemos à recepção e uma de nós limpa o chão, enquanto a outra passa aspirador de pó na sala de cinema, carpete e poltronas, uma por uma. Quem acaba primeiro limpa os toaletes, mas quase sempre fazemos isso juntas. Acabamos o serviço todo por volta das 10 da manhã, hora em que o museu abre ao público.


 


Mas, ontem não foi esta limpeza. Fomos encerar o chão, pois a cera anterior estava desgastada. Começamos às 9:30 da manhã. Primeiro, tivemos que remover a cera antiga, e este é o trabalho propriamente dito, pois aplicar a cera nova é facílimo. Passamos um produto misturado com água, usamos uma enceradeira com uma espécie de escova áspera para tirar a cera, mais água e depois aspiramos a água com um aspirador gigantesco. Quando víamos que a cera não saía totalmente, tínhamos que repetir tudo. E a recepção do museu é bem grande. Resultado, eram 16 hs e ainda não havíamos acabado. Minha chefe me perguntou se meu marido poderia vir buscar a mim e a minha colega, pois ela teria que ficar até mais tarde para passar as três camadas de cera nova, e isso era trabalho para uma pessoa só. Ele veio, dirigindo o carro alugado oferecido pela companhia de seguros, pois ainda estamos sem carro e ele devolveu o carro da firma. O problema é que, bem no final, na entrada para cadeirantes, o removedor de cera não removeu nada e ainda secou. Lá fomos nós refazer todo o processo. Até o Morten entrou na brincadeira, nos ajudou a esfregar o chão até tirar tudo. Saímos de lá às 18 hs. Eu estava quebrada. O bom de tudo isso é que recebemos mais por hora para polir o chão, então o dia valeu, apesar da trabalheira toda.


 


Ainda sobre o trabalho de ontem, fiquei muito irritada com pessoas que não sabem ler avisos na porta. Havia um aviso em letras garrafais dizendo que o museu estava FECHADO por motivo de manutenção, mas teve gente que entrou! Uma senhora foi buscar um cachecol esquecido no final-de-semana (justamente no dia de encerar), um homem entrou e começou a falar coisas sem nexo com a minha chefe e saiu (este eu até perdôo, acho que ele tinha problemas mentais). Quando minha chefe foi buscar um lanche pra nós, vieram dois homens. Tentamos explicar que o museu estava fechado e eles insistiram que tinham compromisso marcado com gente do museu. Resultado, tiveram que subir para o escritório e pisaram no chão recém-encerado. Isto por que tem uma entrada nos fundos que dá direto nos escritórios...De tarde houve ensaio da fanfarra e muita garotada insistia em querer abrir a porta para entrar pela frente. Havia outro aviso gigante dizendo para o povo da fanfarra entrar pela lateral. De noite, comentando isso com o Morten, chegamos à conclusão de que o norueguês, por ser bem tolerante, cabeça fria, também espera que sejamos o mesmo com eles. Daí o porque eles acharem que não tem nada de mais entrar com o sapato sujo de terra na cera novinha.


Hoje estou de folga, só às 18 hs terá reunião da firma na casa de uma colega. Amanhã tem mais pela frente, sábado e domingo também! Mas, sempre que der eu volto para dar notícias. Hoje vou ver se estudo norueguês, empaquei no Klar For Norge 2 lição 1, mas quero prosseguir. Ah, minha colega de trabalho russa, que também veio com visto de noiva, me disse que o segundo visto não demorou mais que um mês para ela. Tomara que eu tenha a mesma sorte. Até mais!

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