sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Do conto de fadas às manchetes chocantes

Hoje queria falar de saudade. Não aquela saudade melancólica, deprimente, que dá vontade de voltar pro Brasil, não é essa. Estou falando da saudade boa, talvez nostalgia seja a palavra correta. Dos tempos de infância, dos dias rotineiros e então banais, mas que hoje ocupam um significativo espaço na memória. Na útlima semana, passei um dia inteiro ouvindo a rádio Nova Brasil FM, e a casa se encheu de brasilidade, enquanto lá fora o tempo estava rabugento como ele só. Como a saudade boa apertou ao ouvir: “Marmelada de banana, bananada de marmelo, o sol nascente é tão belooooo...Sítio do Picapau Amarelo...”. Arrepios. Não resisti e contei pro meu noivo sobre o programa que eu acompanhei de pequena, onde um “sabugo de milho é gente”.

É, cheguei à conclusão de que agora, longe, estou mais ligada ao Brasil do que nunca. Não, não quero voltar. Estou vivendo a fase mais feliz da minha vida e meus sonhos finalmente estão se concretizando. Me caso semana que vem e hoje tenho a maturidade que faltou nos meus vinte e poucos anos.  Sei bem o que quero. Mas, ando com uma vontade incontrolável de ler livros de literatura, os Machados de Assis da vida que os vestibulandos odeiam. Apesar de que no momento, estou na página 52 (de 600) de “O Código Da Vinci” em inglês. Professora de inglês, sabe como é, preciso praticar para não enferrujar o idioma. Leio diariamente a Folha de São Paulo e estou sabendo de todas as manchetes. Do garotinho João Hélio, por exemplo. Não é por que estou longe que eu não me comovo com coisas assim. A pergunta que martela na cabeça é o que eu individualmente  poderia fazer aqui para que isso parasse. Por enquanto, só me resta rezar.


 


Surpresa

Terça-feira fui à uma reunião com minhas colegas e minha chefe e para minha surpresa, elas me deram um presente de casamento. Minha chefe e uma colega cantaram uma música em groenlandês (elas são norueguesas, mas moraram muitos anos na Groenlândia). Fiquei emocionada, com direito a discurso e choro.


 


Acabou o mistério dos fardos de madeira


 


Os vizinhos carregaram toda a madeira para si. Não sabemos se era deles ou se eles foram mais espertos, mas de qualquer maneira, a estrada em frente de casa está desobstruída.


 


Quem é Rei nunca perde a majestade


 


Quarta-feira o Rei da Noruega, Harald, completou 70 anos e a maioria absoluta do povo comemorou nas ruas, embaixo de um frio congelante. A televisão transmitiu a festa e documentários e entrevistas sobre o monarca foram exibidos durante o dia. Apesar de toda a pompa, a família real norueguesa é muito simples e nada arrogante. Eu os admiro, embora muitos noruegueses achem uma bobagem o dinheiro de seus impostos sustentarem uma família que não tem poder nenhum. Mas, acho que Noruega sem Rei e Rainha não é Noruega.


 


E o dia está chegando


 


Hoje falta uma semana e estamos com tudo pronto. Agora é só  preparar o coração. Até a próxima!


 



Cartões de mesa



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