segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Pânico antes das provas

Nosso final de semana foi um festival de experiências culinárias fantásticas. No sábado meu marido preparou carne assada - carne bovina! Fazia um bom tempo desde que a gente comeu carne bovina. Isto por que um mero quilinho de carne de boi não sai por menos de 100 reais em terras norueguesas. Por sorte ele encontrou uma oferta e enchemos o freezer de carne de boi. Já temos a nossa ceia de Ano Novo garantida. No domingo fiz estrogonofe com os restos do assado e de quebra ainda inventei de fazer pudim de leite com minha última lata de leite Moça que trouxe do Brasil. Aqui na Noruega existe um pudim muito parecido, o karamellpudding, mas eu acho que o de leite brasileiro é mais gostoso. Meu marido também achou.

Entre um jantar e outro, foi uma luta terminar de escrever meus trabalhos de conclusão do curso de Línguas Estrangeiras e a Sociedade. Estes trabalhos vão valer nota, então tive que lê-los, relê-los, reescrevê-los muito. Em um dos dois trabalhos eu analisei uma tradução sueca do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, do brasileiríssimo Machado de Assis. Foi super interessante, apesar de eu ter ficado decepcionada com a tradução sueca. Vamos ver em janeiro que nota eu vou tirar.

Já nesta quarta-feira vou ter prova de História e Cultura da América Latina. Estou lendo muito sobre Che Guevara, Hugo Chavéz, narcotráfico, etc. Estou tentando conseguir uma folga remunerada na véspera da prova para poder estudar. Na Noruega existem vários benefícios como este, espero que a firma para a qual trabalho me dê esta folguinha.

Falando em benefícios, atualmente há um debate polêmico acontecendo por aqui em razão do altíssimo número de pessoas que tiram licença médica remunerada por anos e anos, sem retornar ao trabalho. Isto custa uma fortuna aos cofres do governo, já que quem paga a licença não são os empregadores, e sim o dinheiro do contribuinte. Por um lado eu acho excelente a gente poder telefonar pro trabalho um dia em que não estamos nos sentindo bem e simplesmente avisar que não iremos trabalhar. Sem perguntas, sem broncas, sem descontos. Mas, este tipo de sociedade do bem estar cria muitos parasitas, pessoas que usam e abusam da licença médica para ficar em casa assistindo televisão e recebendo salário. Bem, a questão é que o governo quer que os médicos reavaliem o critério que eles usam para dar licença a uma pessoa que tem alguma doença e com isso, muita gente começou a abrir o berreiro na mídia.

Bom, agora chega de blogagem, tenho que voltar pro Che (Guevara).

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